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BEJA

BEJA

31
Mar05

D. José António Lobo da Silveira

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Lobo da Silveira, D. José António
10.º barão de Alvito, 3.º conde de Oriola e 1.º marquês de Alvito


O Barão Conde é uma personalidade completa desconhecida da historiografia portuguesa, não havendo praticamente nada escrito sobre a sua actividade política e militar, sabendo-se tão somente que foi um dos aristocratas da geração do rei D. José que nunca foram incomodados pelo poder sempre crescente do marquês de Pombal.



Nomeado logo no princípio do reinado de D. José gentil-homem da câmara, era capitão de uma das companhias do regimento de cavalaria do Cais, de que era coronel o marquês de Marialva, mantendo-se nesse posto até 1757, ano em que foi substituído pelo filho, D. Fernando Lobo da Silveira.



Nomeado estranhamente membro do Conselho de Guerra em 1758, será promovido automaticamente ao posto de mestre de campo general - posto que a partir de 1762 passará a ter a denominação de tenente general -, por via das leis existentes. Em Janeiro de 1761 foi nomeado governador das armas da corte. Em 1762, quando se começou a preparar o exército para a guerra que seria declarada pela França e a Espanha por força do Pacto de Família entre as casas reinantes Bourbons, será nomeado marechal do exército. Reúne o exército em Abrantes, numa zona que, não tendo sido utilizada nas guerras anteriores como centro de operações, deve ter sido considerada zona de concentração natural no reinado de D. João V, possivelmente em 1735 quando da crise diplomática com a Espanha, já que foi nessa zona central do País que se começam a concentrar diversas manufacturas de ferro na zona de Tomar - Figueiró dos Vinhos - Foz do Alge e se tentou criar uma fábrica de artilharia, o que como Borges Macedo nota, não deve ter sido por mero acaso.



Com a chegada das forças auxiliares britânicas entregou o comando do exército de campanha ao conde de Lippe, mas parece ter ficado encarregue de organizar a retaguarda - recrutamento, fardamento, transportes, mantimentos - coisas de que o exército, que em 1754 tinha sido reduzido a metade dos efectivos regulamentares, precisava urgentemente. O trabalho de D. José foi enorme, e totalmente desconhecido, mas parece que coroado de um relativo sucesso, já que o recrutamento se realizou, as fardas chegaram às tropas, mesmo que à custa da uniformização, e o exército conseguiu, pior ou melhor, manter-se em campanha, com armas, munições, mantimentos e transportes. Desde, pelo menos, 1768 que era tratado por Marechal general.



D. José António foi feito marquês de Alvito em Maio de 1766.


28
Mar05

Gastronomia : Cozinha de sabores, saberes e cheiros

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Gastronomia: Cozinha de sabores, saberes e cheiros

O borrego vai dominar a oferta gastronómica do Alentejo até final do mês de Abril.

Em Beja, a «Semana do Borrego» envolve meia centena de restaurantes e produtores e certificadores de carne ovina, numa iniciativa da Região de Turismo Planície Dourada.

Em Évora, a Rota dos Sabores Tradicionais conta, até Maio, com a participação de 28 estabelecimentos de restauração.


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Uma simples açorda - pão, água, azeite, alho, sal e coentros – pode guardar os segredos da gastronomia alentejana, feita de sabores, de saberes e também de cheiros.



«A açorda, que veio de um tempo pré-romano, atravessou o império, o tempo árabe e chegou até aos nossos dias com a mesma pujança e os mesmos ingredientes», escreve Alfredo Saramago na introdução de uma das obras mais completas sobre a diversidade da gastronomia do Alentejo - «Concurso de Cozinha Alentejana, as melhores receitas», editado pela Câmara Municipal de Évora, em parceria com a Confraria Gastronómica do Alentejo.



Seguindo a introdução histórica de Alfredo Saramago percebe-se que a cozinha transtagana foi «escrita» por celtas, romanos e árabes a partir de uma matriz mediterrânica. Aos primeiros deve-se a forma de fazer queijo, usando o cardo como coalho, aos segundos algumas das receitas de peixes e aves e aos árabes as mais diversas formas de confeccionar o borrego.



«O Alentejo foi sempre campo aberto e largo para a entrada de novas gentes e esses povos trouxeram consigo alguns produtos que enriqueceram a escolha dos alimentos disponíveis», refere, na obra atrás citada, Alfredo Saramago.



A diversidade gastronómica deve-se aos diversos povos que ocuparam o sul da península, mas também ao engenho e arte de gente que foi obrigada a recorrer aos saberes para melhorar os sabores e aos cheiros para estimular os sentidos.



Aníbal Falcato Alves, no livro «Os Comeres dos Ganhões – Memória de Outros Sabores» (Campo das Letras, recorda tempos de pouca fartura - «Claro que as açordas comidas pelos trabalhadores não tinham os requintes do bacalhau, da pescada ou de qualquer outro acompanhamento. Mesmo o azeite não era empregado na devida quantidade. À açorda assim comida chamava-se ‘açorda pelada’. Às outras, aquelas bem temperadas, só os senhores tinham acesso».



A cozinha alentejana também pode ser rica e exuberante. Alfredo Saramago recorda que Évora e Vila Viçosa serviram de residência à família real em vários reinados.



Mas, mesmo na corte, a cozinha tradicional do Alentejo manteve os cheiros das plantas aromáticas, do coentro ao poejo, ou do orégão à hortelã da ribeira.


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Receitas



AÇORDA À ALENTEJANA



Coze-se o bacalhau em água a ferver, juntamente com quatro ovos com casca. Pisam-se os coentros com os alhos num almofariz, põe-se na tigela o azeite, um ovo batido, os pimentos e deita-se a água a água ferver onde cozeu o bacalhau. Mexe-se com a côdea mestra e prova-se. Vai o bacalhau com os ovos cozidos à parte numa travessa.


(fonte: «Concurso de Cozinha Alentejana – as melhores receitas»)



SOPA DE FEIJÃO COM OVOS



Coze-se o feijão com sal. Num tacho, coloca-se o azeite e a cebola picada deixa-se refogar. Pisam-se os alhos com os poejos num almofariz e junta-se ao refogado. De seguida, deita-se o feijão, um pouco de vinagre e água suficiente para a sopa e deixa-se apurar. Batem-se os ovos inteiros e juntam-se à sopa. Serve-se com sopas de pão.


(fonte: «Concurso de Cozinha Alentejana – as melhores receitas»)



LOMBINHOS DE PORCO PRETO COM TOMATE E HORTELÃ DA RIBEIRA



Temperar os lombinhos de porco (200gr.) com sal q.b. e massa de pimentão (60gr.). Juntar um pouco de hortelã da ribeira. Deixar a marinar. Cortar o pão (1 pão alentejano) demolhar em água morna e reservar. Fritar os lombinhos em banha (80gr. de banha de porco). Reservar o pingo. Saltear o tomate Concassé (70gr.) e alho picado (3 dentes). Juntar a hortelã da ribeira (1 molho), o pingo da carne e o pão demolhado. Temperar com sal e pimenta (q.b.). Enrolar as migas e servir com carne frita.

(Fonte: www.cm-evora.pt)



ARROZ DE LEBRE



Refoga-se cebola, alho, louro, cravinho, salsa e azeite. Junta-se vinho tinto e a lebre. Deixa-se apurar 5 minutos. Junta-se água à medida do arroz e deixa-se cozer. Adiciona-se o arroz, vinagre e malagueta.

(Fonte: www.cm-evora.pt)



CAÇÃO FRITO COM AMÊIJOAS



Lave bem o cação, seque-o num pano para ficar sem água, pise os alhos, corte as postas não muito grossas e esfregue-as com massa de pimentão e com os alhos. Regue com vinho branco e limão e deixe ficar a marinar para o dia seguinte. Frite o cação em banha, regue com a marinada e junte as amêijoas. Tape o tacho e deixe ao lume até a amêijoa abrir. Sirva com batata frita.

(fonte: «Concurso de Cozinha Alentejana – as melhores receitas»)



PÃO DE RALA



Levar o açúcar a ponto de pérola. Junta-se a amêndoa moída misturada com a farinha e mexe-se. Em seguida envolvem-se os ovos bem batidos. Envolver tudo muito bem e mexer sempre para não agarrar ao fundo. Retirar do lume, deixar arrefecer e formar uma bola tipo pão de milho. Rechear com os fios de ovos, doces de gila e de ovos. Polvilhar com farinha e levar ao forno a alourar

(fonte: www.cm-evora.pt)


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(In Notícias do Alentejo)







22
Mar05

A L V I T O

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Aspectos Geográficos

O concelho de Alvito, do distrito de Beja, localiza-se no Baixo Alentejo e ocupa uma área de 267,2 km2 e abrange duas freguesias: Alvito e Vila Nova da Baronia.

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O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Viana do Alentejo, no distrito de Évora; a oeste por Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, a sul e sudoeste por Ferreira do Alentejo; e a sudeste e este por Cuba.

Este concelho apresentava em 2001 um total de 2688 habitantes.


Possui um clima mediterrânico, com um período seco de cerca de 80 a 100 dias, durante o Verão, em que a temperatura média varia entre os 28 °C e os 30 °C. No Inverno, as temperaturas são relativamente baixas.

A vila localiza-se a uma altitude significativa; tem a noroeste o Outeiro de S. Miguel, com cerca de 313 metros de altitude, e a norte o Outeiro de São Pedro, com 257 metros.

Dos recursos hídricos, são de referir a ribeira de Malk Abraão e a albufeira de Odivelas.


História e Monumentos

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O povoamento das terras deste concelho é muito antigo, conforme o comprova a existência de vestígios arqueológicos.


Em 1245, o rei D. Afonso III doou a herdade da Villa de Alvito ao chanceler Estêvão Anes, que tratou de a povoar e alargar os seus domínios. E, em 1280, esta recebeu foral, concedido pela Ordem da Santíssima Trindade.
Em 1279, passou a pertencer aos Trinitários e, em 1283, foi integrada na Coroa.

Recebeu foral, por D. Dinis, em 1327, que foi confirmado, em 1516, por D. Manuel.

Em 1475, foi sede da primeira baronia portuguesa, da qual foi titular João Fernandes da Silveira.

A nível do património arquitectónico, referência para o Castelo de Alvito, do século XV, que constitui um "paço fortificado" raro em Portugal, sendo de destacar a torre de menagem e alguns panos de muralha. Na base, integra-se um silhar almofadado da época romana. Trata-se de uma conjunção de obra militar e de mansão senhorial.

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De referir, ainda, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, edificada no século XIII e ampliada e restaurada no século XVI. Nela se conciliam vários estilos de arquitectura portuguesa (Gótico, Manuelino, Renascentismo, Maneirismo e Barroco);

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a Capela de S. Sebastião, também do século XVI, em estilo manuelino mudéjar, que é um edifício de tipo abaluartado, com um arco ogival, diadema de ameias chanfradas e uma abóboda gótica;


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a Igreja de Nossa Senhora das Candeias (século XIII), que contém um conjunto raro de azulejos do século XVII; e a Capela de S. Neutel, de traços góticos, e que possui a abóboda artesoada e uma capela-mor, também artesoada, com um frontal de azulejos policromos.


Tradições, Lendas e Curiosidades


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Abundam as manifestações populares e culturais no concelho, sendo de destacar a Festa de Santa Águeda, que ocorre no Domingo de Pascoela; as Festas da Vila, na segunda quinzena de Agosto; a Feira dos Santos, realizada de 1 a 3 de Novembro; o mercado mensal, que decorre no quarto sábado de cada mês; o Senhor dos Passos, em Março; e a Feira Anual, no terceiro domingo de Julho.

No artesanato merecem referência os trabalhos em madeira e cortiça, as rendas e os bordados, e os queijinhos de ovelha.

Como curiosidade é de referenciar o facto de em 1531 a rainha D. Catarina, mulher de D. João III, ter tido o seu filho, o príncipe D. Manuel, no Castelo de Alvito.


Economia

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No concelho predominam as actividades ligadas, essencialmente, ao sector primário, registando pouca importância os restantes sectores. No sector secundário, destaca-se a indústria de transformação de oleaginosas e de confecção de peles e no terciário algum pequeno comércio e alguns serviços ligados ao turismo.

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A elevada importância da agricultura é comprovada pela percentagem de área do concelho destinada a esta actividade, cerca de 90%, destacando-se os cultivos de cereais para grão, os prados temporários e as culturas forrageiras, as culturas industriais, o pousio, o olival, os prados e as pastagens permanentes.
A pecuária regista também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, bovinos e aves.
Cerca de 668 hectares do seu território correspondem a área coberta de floresta.


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Castelo de Alvito



João Fernandes da Silveira seria o primeiro senhor a quem seria concedida a autorização, por carta de Afonso V datada de 1482, para construção e posse de um castelo em Alvito mas seria o seu filho, Diogo Lobo da Silveira quem levaria tal empresa a cabo. De facto D. João II, sete anos mais tarde, confirma-lhe a autorização.


As obras iniciam-se em 1494, possivelmente sobre os alicerces de uma fortificação anterior como indicia o testamento de Estevão Anes aos frades trinitários a quem deixa, no século XIII, terras, o povoado e o Castelo de Alvito.

O edifício misto - Castelo e Casa senhorial - seria concluído em 1504, conjugando na sua arquitectura de cariz militar caracteres palacianos, como as interessantes fenestrações mudéjares que o ornamentam.

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Desenvolve-se num quadrilátero guarnecido de torreões hemicirculares alongados à excepção do torreão da Fonte constituído por muros rectos e remate semicircular.
Destaca-se a fachada nascente, exemplo paradigmático de adaptação a residência senhorial, rasgada em seis janelas de peito maineladas (em mármore branco) e rematadas por arcos de ferradura em tijoleira de assentamento rendilhado.


Do lado noroeste ergue-se a torre de menagem, maciça, com paredes grossas e janelas gradeadas. Exemplifica uma experiência de adaptação à nova artilharia pesada. O seu abaixamento ao nível das demais torres foi uma das soluções empíricas encontradas para robustecer estes pontos particularmente vulneráveis à força dos canhões.


O adarve ou caminho de ronda é constituído por parapeito alteado com merlões onde, de quando em quando, se rasgam estreitas seteiras.


A porta principal, constituída por arco chanfrado, ostenta, na parte superior, uma inscrição onde se lê que o castelo teria sido iniciado no tempo de D. João II e terminado no reinado de D. Manuel I.


Era servida por ponte levadiça sobre o fosso, abrindo-se a um interessante conjunto arquitectural de que destacamos, do lado Sul, uma escadaria de acesso à grandiosa Sala dos Veados, a capela e os aposentos das torres.


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Igreja Matriz de Alvito



Formando um interessante conjunto arquitectónico, a Igreja Matriz de Alvito - consagrada a N. Sra. da Assunção e situada na vila alentejana de Alvito - é um templo manuelino de grande beleza estética, provavelmente levantado entre os finais do século XV e os começos do seguinte.

Reforçada por contrafortes nos flancos, a sua frontaria é marcada por poderosos e sólidos gigantes graníticos de três pisos e rasgados por gárgulas. Entre estes abre-se o portal maneirista, composto por arco de volta perfeita com colunas pinaculadas e rematado superiormente por frontão triangular, sobre o qual se dispõe o imenso janelão do coro, terminando em empena triangular.

Os diversos volumes exteriores do templo são marcados pelos contrafortes laterais com gárgulas, entre os quais estão abertas as janelas do templo. A nave axial é mais alta, amparada por arcos-botantes que descarregam o peso sobre as massas dos contrafortes. A cimalha do templo, bem assim como a nave axial mais elevada, são percorridas por ameias chanfradas e molduradas, nalguns casos intervaladas por esguios coruchéus. A altiva torre sineira eleva-se acima da cabeceira, com a cimalha marcada por pináculos e a cobertura realizada por um coruchéu.


O corpo da igreja é dividido em três naves, a central mais elevada e mais larga, repartidas em quatro tramos e por desenvolvido transepto, este último marcado por arco quebrado - tal como o das capelas colaterais ( capelas funerárias que albergam os túmulos dos Senhores de Alvito) e do arco triunfal -, enquanto os restantes apresentam arcaria plena. Sustentam uma cobertura de abóbadas ogivais de cruzaria, ostentando nas chaves das abóbadas nervuradas do centro a Cruz de Cristo e outros símbolos. Ao fundo da igreja, sobre largo arco abatido, está o coro alto.

Na nave central encontra-se um elegante púlpito em mármore, de linhas clássicas e com balaústres. Nas paredes das naves laterais estão diversos retábulos de talha dourada barroca, expondo várias imagens de santos. Esta decoração exuberante harmoniza-se com o revestimento, a meia altura, dos tapetes de azulejo-padrão do século XVII (c. 1647) e dos painéis superiores com a figuração de santos.

A capela-mor é coberta por uma abóbada de berço com caixotões, pintada com ornamentos seiscentistas. Tem revestimento de mosaico azulejar nas paredes, enquanto o frontal do altar-mor é pintado com uma composição a fresco - onde se observa a Pièta rodeada por anjos, S. João e as Santas Mulheres. O retábulo arranca de uma estrutura em mármore e é uma obra em talha dourada do Barroco Nacional. Sobre o trono escalonado está a padroeira deste templo.

A Igreja Matriz de Alvito foi classificada como Monumento Nacional (M.N.) em 1939.







16
Mar05

BEJA

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Aspectos geográficos

Cidade do Baixo Alentejo, capital de distrito e sede de concelho. Beja constitui o centro de uma importante área agrícola.

O concelho de Beja abrange uma área de 1146,5 km2, situa-se no Baixo Alentejo, e está dividido em 18 freguesias: Albernoa, Baleizão, Beja (Salvador), Beja (Santa Maria da Feira), Beja (São João Baptista), Beja (Santiago Maior), Beringel, Cabeça Gorda, Mombeja, Nossa Senhora das Neves, Quintos, Salvada, Santa Clara de Louredo, Santa Vitória, S. Matias, S. Brissos, Trigaches e Trindade.
Em 2001 o concelho apresentava 35 762 habitantes.

O distrito de Beja ocupa a maior parte da província tradicional do Baixo Alentejo. Está limitado, a norte, pelo distrito de Évora; a leste pela Espanha; a sul pelo distrito de Faro; e, a oeste pelo oceano Atlântico e pelo distrito de Setúbal. Abrange uma área de 10 223 Km2 e compreende 14 concelhos: Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Odemira (actualmente integrado no Alentejo Litoral), Ourique, Serpa e Vidigueira.

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O relevo do distrito de Beja caracteriza-se por ser pouco acidentado e estar integrado na extensa planície alentejana ou peneplanície, interrompida por serras de fraca altitude, como a serra de Mendro (412 m), na parte setentrional, e os contrafortes das serras algarvias, no Sul.
Os principais rios que drenam o distrito são o Guadiana, o Sado e o Mira.


História e Monumentos

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A fundação da cidade é atribuída aos Celtas, 400 anos a. C.. Antes do domínio romano diz-se que esteve controlada pelos Cartagineses. Mas foi na época romana que começou a desempenhar um papel mais importante na região, recebendo, nessa altura, o nome "Pax Julia", em honra da pacificação da terra da Lusitânia. Beja foi tomada pelos Mouros em 715, que a chamaram de Baju. Após esta data, surge uma época atribulada de conquistas e reconquistas da cidade, até que no ano 1162 é reconquistada definitivamente, por Gonçalo Mendes da Maia, o "Lidador", no reinado de D. Afonso Henriques. Recebeu foral em 1524 e foi elevada a cidade em 1517. Foi repovoada por D. Afonso III, que reedificou a muralha romana, a qual tinha quarenta torres. Nessa muralha, o rei mandou abrir sete portas, que foram chamadas: Évora, Avis, Moura, Mértola, Aljustrel, Nossa Senhora dos Prazeres e Nova ou de S. Sezinando; destas portas saíam as estradas que conduziam às povoações correspondentes aos seus nomes.

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Dos monumentos bejenses salientam-se, para além do castelo, a Igreja de Santo Amaro (séc. V), da época dos Visigodos; a Igreja da Misericórdia, de estilo renascentista, mandada construir em 1550 por D. Luís, duque de Beja; a Igreja de Santa Maria (a mais antiga, e que tudo indica ter sido uma mesquita moura); a Igreja S. Salvador (séc. XIII); o Convento e a Igreja da Conceição, mandados construir por D. Fernando, pai de D. Manuel I, em 1459, com alguns traçados góticos; o Convento de São Francisco, que foi fundado em 1268 e adaptado a quartel em 1850, o que lhe modificou o traçado inicial; a Ermida de Santo André, construída no reinado de D. Sancho I, para comemoração da tomada da cidade aos Mouros; e o hospital e os Paços do Concelho, anexo aos quais se encontra o Museu Arqueológico. A sala de sessões dos Paços do Concelho é decorada com retratos de Júlio César, D. Sancho I, D. Afonso III, D. Manuel I, D. Maria II e outras personalidades. Estão igualmente representados os brasões de todos os concelhos do distrito.

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Tradições, Lendas e Curiosidades

Beja tem como feriado municipal a quinta-feira de Ascensão. Cada freguesia de Beja tem o orago correspondente à sua designação.


No concelho de Beja realizam-se anualmente as seguintes feiras: a feira anual Ovibeja, de 16 a 26 de Maio, dedicada à agro-pecuária e à maquinaria agrícola; as festas da cidade, no mês de Maio; a Feira de Agosto, do dia 9 ao dia 16; a Turisarte, de 25 a 27 de Outubro (feira dedicada ao turismo e ao artesanato); e, por fim, a Alentejo Alimentar, de 5 a 8 de Dezembro (Feira Gastronómica, que coincide com a Festa a Nossa Senhora da Conceição).
Nos restantes concelhos celebram-se a Festa de Santo António, a 13 de Junho; a Feira de Junho, no segundo domingo do mês, e a Festa de Santo António, a 12 de Junho, em Aljustrel; a Feira de Sto. Amaro, a 15 de Janeiro, as Comemorações do Foral, a 17 de Abril, e a Feira dos Passos, no quarto domingo da Quaresma, em Almodôvar; a Festa a Nossa Sra. da Assunção, no segundo domingo de Setembro, e a Feira dos Santos, a 1 e 2 de Novembro, em Alvito; as Festas de Agosto, de 23 a 31, e a Festa a Nossa Senhora da Conceição, de 8 a 24 de Dezembro, em Barrancos; a Festa a Nossa Senhora da Conceição, a 8 de Dezembro, e a Feira de Castro, no terceiro fim-de-semana de Outubro, em Castro Verde; a Fesat a Nossa Senhora da Conceição da Rocha, no último fim-de-semana de Agosto, a Feira anual, no primeiro fim-de-semana de Setembro, e as Festas da Páscoa, que incluem as procissões das velas e do Senhor dos Passos, em Cuba; a Feira Anual, no terceiro domingo de Setembro, e a Festa a Nossa Senhora da Assunção, a 8 de Dezembro, em Ferreira do Alentejo; a Festa de S. João, a 24 de Junho, e a Feira de S. Mateus, no último fim-de-semana de Setembro, em Mértola; a Festa a Nossa Senhora do Carmo, no terceiro fim de semana de Setembro, a Feira de Setembro, no segundo fim-de-semana, e a Olivomoura, em Moura; a Feira Nova de Outubro, de 1 a 5, em Odemira; a Festa a Santa Maria, a 15 de Agosto, e a Romaria da Senhora da Cola, no primeiro fim-de-semana de Setembro, em Ourique; a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, da sexta-feira da Paixão até à terça-feira seguinte, em Serpa; e, finalmente, a Festa a Nossa Senhora das Relíquias, na quinta-feira de Ascensão, e a Feira de S. Tiago, no segundo fim-de-semana de Julho, em Vidigueira.

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Os cantares alentejanos típicos deste distrito são melodias a duas vozes, sem acompanhamento de instrumentos e cantadas unicamente por homens. Na vila de Vidigueira, em Dezembro, em qualquer casa particular é comum ouvir-se "o canto do menino", que é um canto religioso diferente do canto alentejano, uma vez que tem carácter familiar.

Tradicionalmente, o traje do alentejano é constituído por: fato de lã escura, casaco curto, calça, peitilho branco sem gravata, cinta de lã, lenço ao pescoço e chapéu de feltro de aba larga. Às vezes usa-se uma samarra. Por sua vez, o traje da mulher alentejana é constituído por: saias rodadas de tecido de algodão claro, lenços coloridos na cabeça (amarrados sob o queixo), chapéu de feltro e grevas.


No concelho de Barrancos fala-se tradicionalmente um dialecto próprio - o barranquenho -, com grande influência castelhana. Nesta sede de concelho, nas festas de Agosto, existe a tradição da tourada com touros de morte (influência espanhola).


Há a tradição da fogueira de Natal nos dias da Festa da Nossa Senhora da Conceição (8 a 24 de Dezembro): apanha-se a lenha de 8 de Dezembro até 24 do mesmo mês. Neste último dia, à noite, chega-se fogo à lenha para "aquecer o Menino Jesus". A fogueira arde perto das portas abertas da igreja, ficando acesa durante a Missa do Galo e pela noite dentro, havendo confraternização e convívio entre as pessoas da vila, juntamente com os forasteiros.

No escudo da cidade de Beja existe a cabeça de um touro porque, segundo a lenda, nos tempos iniciais de Beja, existia por aqueles lados uma serpente monstro que a todos aterrorizava e matava. Um dia, alguém pensou envenenar um touro e pô-lo perto da serpente. Como esta o comeu, acabou por morrer.

Dizem que a cidade de Moura deve o nome a uma alcaidessa muçulmana chamada Salúquia. Esta estava prometida a Braffma, do castelo de Azmi. Ora, um dia, Braffma, quando se dirigia para ver a sua noiva, foi atacado por um grupo de soldados cristãos, que o mataram, com a sua comitiva. Os cristãos vestiram os trajes dos árabes, penetraram no castelo de Salúquia e conquistaram-no. Diz-se que Salúquia, para morrer em honra ou por desgosto, se atirou da torre do castelo. Desde então, a povoação ficou conhecida por Moura.


Economia

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O distrito de Beja é uma rica zona cerealífera, onde a cultura mais importante é o trigo. Na extensa charneca, para além da cultura dos cereais, destacam-se a produção de azeite, a extracção de cortiça e a criação de gado (ovinos, bovinos e suínos). O subsolo é rico em minérios, sobressaindo as minas de cobre e volfrâmio de Neves Corvo e as pirites de Aljustrel. Explora-se ainda a extracção do mármore e do granito. Só recentemente se começaram a aproveitar os encantos alentejanos para fins turísticos, sendo mais procuradas as praias desde Vila Nova de Milfontes até a alguns quilómetros do cabo Sardão e as terras do interior, que oferecem condições para a prática da caça, da pesca e de todos os desportos náuticos. O artesanato típico passa pelas peles e pela cestaria, pelas obras em madeira, em cortiça e em vime, pela cerâmica e pelos barros, pela latoaria, pelos cobres martelados, pelo ferro forjado, pelas rendas e pelas mantas.



11
Mar05

VIDIGUEIRA

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Aspectos Geográficos

O concelho de Vidigueira, do distrito de Beja, ocupa uma área de 315,8 km2 e abrange quatro freguesias: Pedrógão; Selmes; Vidigueira e Vila de Frades.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Portel, no distrito de Évora, a este por Moura, a sul por Beja e Serpa e a oeste por Cuba.
Este concelho apresentava, em 2001, um total de 6188 habitantes.

Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o Verão, em que a temperatura média varia entre os 28 °C e os 30 °C. No Inverno, as temperaturas são relativamente baixas.
A sua morfologia é marcada pela serra de Santo António, com 318 m, e de Mendro, com 412 m de altitude.
Dos recursos hídricos referência para o rio Guadiana, a ribeira de Selminhos, a ribeira de Marmelar e a ribeira do Freixo.

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História e Monumentos

O povoamento deste concelho pode ser considerado pré-histórico, a julgar pelas descobertas arqueológicas feitas no último século.

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Terá existido uma villa romana de S. Cucufate, em Vila de Frades, e outra na freguesia de Selmes, denominada de villa romana do Monte da Cegonha.
Entre 1304 e 1315, Vidigueira terá pertencido ao rei D. Dinis e, em 1385, D. João I doou estas terras a D. Nuno Álvares Pereira.
A vila estaria na posse da Casa de Bragança quando D. Manuel lhe concedeu foral, em 1512.
A 29 de Dezembro de 1519, D. Manuel concedeu a D. Vasco da Gama, almirante da Índia, o título de conde da Vidigueira.
Já desde o século XV que os comerciantes bretões carregavam os seus galeões com os vinhos da Vidigueira e no século XIX Vidigueira já fazia parte da 7.a Região Vinícola do país.
A nível do património arquitectónico, destacam-se o Convento de São Cucufate (ruínas), do século I, perto da Vidigueira, podendo-se ainda visitar a villa romana de São Cucufate. A villa foi alterada na primeira metade do século II e destruída no século IV, dando lugar ao edifício que vemos actualmente e que serviu de convento durante a Idade Média. Também é conhecido por Convento de São Cucufate ou Ruínas de Santiago.

vidigue02.jpg


Destaca-se ainda a Torre do Relógio, com realce para o sino que data de 1520, mandado fazer por Vasco da Gama, primeiro conde da Vidigueira.

Do período megalítico, subsistem a anta da Vinha e a anta do Alto da Mangancha, que se encontram bastante deterioradas, conservando alguns esteios, e o menir de Mac. Abraão, localizado na Vila de Frades e em bom estado de conservação.

Vidigueira1.jpg


Tradições, Lendas e Curiosidades

As manifestações populares e culturais abundam no concelho, sendo de destacar a festa de Santa Catarina, realizada no segundo fim-de-semana de Agosto, a festa de Nossa Senhora das Relíquias, que decorre no primeiro fim-de-semana de Setembro, as feiras anuais, no segundo sábado de Julho e no segundo sábado de Janeiro, e o mercado mensal, que tem lugar no segundo sábado de cada mês.

No artesanato merecem referência os trabalhos em madeira, as cadeiras empalhadas, as rendas e os bordados, os bonecos de barro e os bonecos de trapos.

Como personalidades naturais do concelho pode-se referir Fialho de Almeida, que foi um escritor português do século XIX, autor de Os Gatos, sendo ainda hoje recordado no campo das letras, e o ilustre navegador Vasco da Gama, almirante da Índia e conde da Vidigueira.

Como instalação cultural, destaque para o Teatro Gama Herculano.


Economia

No concelho, predominam as actividades ligadas ao sector primário, seguidas do secundário e terciário, não registando o secundário uma importância muito significativa.
A importância da agricultura é confirmada pela percentagem de território concelhio dedicada à prática desta actividade, cerca de 69%, destacando-se os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.
A pecuária mantém alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, caprinos e bovinos.
Cerca de 2195 ha do seu território correspondem a área coberta de floresta.













08
Mar05

Dia Internacional da Mulher - (A nossa homenagem)

Lumife
A-S-Cardoso_menina-cravos-p.jpgAmadeu Sousa Cardoso - Menina dos Cravos


*


Cantar Alentejano - Zeca Afonso

*

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

*

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

*

Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

*

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

*

Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar














04
Mar05

SERPA

Lumife
Serpa-3.jpg



Aspectos Geográficos


O concelho de Serpa, do distrito de Beja, ocupa uma área de 1106,5 km2 e abrange sete freguesias: Aldeia Nova de São Bento; Brinches; Pias; Salvador; Santa Maria; Vale de Vargo e Vila Verde de Ficalho.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Vidigueira, a nordeste por Moura, a oeste por Beja e a sudoeste por Mértola.
Este concelho apresentava, em 2001, um total de 16 723 habitantes.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o Verão, em que a temperatura média varia entre os 29 °C e os 31 °C. No Inverno, as temperaturas são baixas (2 °C).
A sua morfologia é marcada pela serra de Guadalupe (279 m), da Charneca
(164 m), a serra da Adiça (522 m) e do Ficalho (522 m).
Dos recursos hídricos, podem-se referir o rio Guadiana, o rio Chança, a ribeira de Liras, a ribeira de Vidigão e a ribeira de Enxoé.
As terras concelhias estão abrangidas pelo Parque Natural do Vale do Guadiana, que tem um elevado interesse faunístico, florístico, geomorfológico, paisagístico e histórico-cultural.

Serpa-Portugal_GuadianaRiver_2.jpg


Na área deste parque são de realçar outros recursos, como o rio Guadiana, o Pulo do Lobo, o Centro Histórico de Mértola, a Mina de S. Domingos, o Podarão e os moinhos de água e de vento. A área do parque é também denominada "troço médio do vale do Guadiana".


História e Monumentos

Srpa-Portugal Castle.jpg


Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo foram estes que fomentaram o desenvolvimento do concelho, em especial a nível agrícola.
Em 1166, foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, tendo sido perdida por várias vezes.
Foi definitivamente constituída como concelho por D. Dinis, que também mandou reconstruir o seu castelo e cercar Serpa por uma cintura de muralhas, em 1295.
Em 1512, D. Manuel I deu a Serpa um novo foral.
A sua localização, próxima da fronteira espanhola, acarretou graves problemas para o desenvolvimento deste concelho. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza.

Serpa-Portugal.jpg


A nível do património arquitectónico, destacam-se a Igreja de São Francisco, do século XVI e as muralhas de Serpa, tendo a fortaleza sofrido grandes danificações com a guerra da Sucessão de Espanha, mas conservando, contudo, importantes panos de muralhas, sendo de salientar o que é encimado por uma longa arcaria do aqueduto, que conduz a uma nora monumental mourisca.

De referência ainda o Santuário de Nossa Senhora da Guadalupe, do século XVI, em estilo moçárabe, que apresenta no seu interior uma imagem do século XV de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira de Serpa. Este local é muito frequentado e é habitado por um ermitão.

Por último, a Torre do Relógio, do século XVIII, e o Santuário de Nossa Senhora das Pazes, do qual a ermida foi erguida como símbolo de unidade entre o povo de Ficalho e da vizinha povoação espanhola de Rosal de la Frontera . Possui um valor artístico pouco relevante, sendo apenas de realçar o conjunto de pedra lavrada que circunda o nicho de Nossa Senhora.


Serpa-paisagemgirassois.jpg


Tradições, Lendas e Curiosidades


São muitas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar a festa de Santa Iria, realizada no fim-de-semana mais próximo de 20 de Outubro, a festa de Vales Mortos, que ocorre a 15 de Agosto, a festa de S. João, realizada a 24 de Junho, a festa de Nossa Senhora da Guadalupe, realizada na altura da Páscoa, na qual se efectua uma procissão no Domingo de Páscoa para a cidade de Serpa regressando a imagem à ermida na terça-feira seguinte, em procissão. Realça-se também a festa de Nossa Senhora das Pazes, no segundo domingo de Páscoa, a festa de Santa Luzia e a Festa de S. Luís e do Santíssimo Sacramento, que decorre no primeiro fim-de-semana de Setembro.

No artesanato são típicos os trabalhos de cestaria, os cadeireiros, as miniaturas, o abegão, as cadeiras em buinho e as meias de linha de algodão.

Como personalidade natural do concelho destaca-se Correia da Serra (1750-1823), abade e cientista, e que foi responsável pela criação, em 1779, da Academia Real das Ciências de Lisboa.


Economia

Serpa-paisagemcampotrigo.jpg


Apesar de Serpa ser um centro administrativo, neste concelho predominam as actividades ligadas ao sector primário, seguidas do secundário, com a indústria ligada à olaria e cerâmica, e só depois o sector terciário com algum pequeno comércio e serviços ligados ao turismo.

A elevada percentagem de área agrícola, cerca de 59%, da área do concelho destina-se aos cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas industriais, pousio, olival, prados e pastagens permanentes.
A pecuária regista também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, aves e suínos.
Cerca de 3431 ha do território concelhio correspondem a área coberta de floresta.


Serpa-paisagemcampopapoilas.jpg












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