Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BEJA

BEJA

19
Jul05

Nova etapa...

Lumife

Chegou ao fim o espaço que o Sapo me disponibilizou e onde durante cerca de um ano
pretendi mostrar o Baixo Alentejo e suas terras, seus costumes e sua história. Porventura não alcancei, na totalidade, o objectivo que pretendia mas vou continuar a tentar .


Vamos iniciar nova tarefa noutro servidor.


Aos amigos que pretenderem continuar a acompanhar-me, o que só me honra, poderão fazê-lo anotando ou clicando aqui BEJA


A todos um muito obrigado e muitas felicidades.

18
Jul05

Ermida de São Neutel (Sant'Águeda)

Lumife
sao_neutel.jpg


Procurei nos sites da Câmara Municipal de Alvito e da Junta de Freguesia de
Vila Nova da Baronia elementos sobre a Capela de São Neutel de que tanto tenho ouvido falar.


Encontrei simplesmente este texto:

"Situa-se na herdade dos Aires, a pouco mais de 3 Km da vila, hoje designada
de Santa Águeda. A data provável da sua construção foi o início do século XVI
e apresenta uma arquitectura religiosa, popular, gótica e maneirista.

É composta por um alpendre disposto sobre três arcos abatidos com abobada
de nervuras de aresta viva e a nave, de planta rectangular com abobada polinervada
disposta sobre pilares fasciculados.

A escuridão do seu interior sem qualquer entrada
de luz é compensada pela vibrante policromia dos frescos que cobrem as paredes e abóbadas,
datável dos séculos XVII e XVIII, e de sabor popular."


A imagem do exterior da Ermida é o único elemento fotográfico que se encontra nos
dois sites.


No entanto e por acaso encontrei no blog Planície Heróica as fotos que coloco de seguida solicitando de antemão autorização do
referido blog e agradecendo essa generosidade para assim melhor publicitar esse património
pois acho que estes elementos culturais deverão estar expostos ao público ou pelo menos
constar dos sites do Município. É uma mais valia do Concelho de Alvito que de outro modo
passará despercebida.Valores culturais como estes enriquecerão, por certo,o site da
Autarquia valorizando ainda mais o seu património.

neutel-1.jpg


neutel-2.jpg

neutel-3.jpg


neutel-4.jpg

neutel-5.jpg


neutel-6.jpg

neutel-7.jpg

neutel-8.jpg


neutel-9.jpg


13
Jul05

Identidade

Lumife
dad.jpgMêDAD


Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.

E em vez de rimas, uso

As consonâncias que há no sofrimento.



Universal e aberto, o meu instinto acode

A todo o coração que se debate aflito.

E luta como sabe e como pode:

Dá beleza e sentido a cada grito.



Mas como as inscrições nas penedias

Têm maior duração,

Gasto as horas e os dias

A endurecer a forma da emoção.


*

(Miguel Torga)











12
Jul05

Ronda pelos sites dos Municípios

Lumife


*


Beja


O site continua adormecido ...


*


Aljustrel


4ªs À NOITE - 13/07 a 31/08 - No anfiteatro das piscinas municipais


A iniciativa “4ªs à Noite” está de regresso ao Anfiteatro das Piscinas Municipais de Aljustrel para mais uma edição. A partir desta quarta-feira, e até 31 de Agosto, muitos serão os espectáculos que irão animar as noites quentes de Verão.



Para que a edição de 2005 abra com “chave de ouro” a organização convidou para a estreia o Grupo Al`Cordeão- A magia do Acordeão Algarvio. Este conjunto é composto por quatro acordeões, baterista, baixista e vocalista, todos eles músicos profissionais, premiados e tendo representado Portugal em campeonatos do Mundo.



Fazem parte do seu vasto repertório diferentes géneros musicais: clássico, jazz, étnico, tradicional e o corridinho. Trata-se, naturalmente, de um grupo de reconhecido mérito com participação em inúmeros programas televisivos, radiofónicos e até mesmo num filme.



A iniciativa 4ªs à Noite tem por objectivo agradar a todo o público, e por isso a “paleta” de espectáculos será colorida e diversificada. Em agenda estão vários espectáculos que vão desde a música tradicional alentejana, à música internacional; a sétima arte e o teatro também marcam presença neste evento.



Organizada da Câmara Municipal de Aljustrel, esta iniciativa pretende alegrar e dinamizar os serões da população da vila mineira e de todo o concelho.


*


III Encontro de Comunidades Mineiras em Aljustrel





Especialistas decidem criar associação de âmbito nacional para defesa do património geológico e mineiro.







Especialistas de quatro países europeus representando vários agentes nacionais e internacionais, relacionados com a indústria extractiva, nos domínios económico, ambiental, científico, social e patrimonial, reuniram-se este fim-de-semana, em Aljustrel, para debaterem a questão da Recuperação Ambiental e Valorização do Património Mineiro.



Este colóquio, que decorreu no âmbito do III Encontro de Comunidades Mineiras, que se realizou de 7 a 10 deste mês, juntou peritos conceituados de Bélgica, Espanha, Inglaterra e Portugal, que unidos pelos problemas inerentes às zonas mineiras, concluíram a necessidade premente de constituir uma Associação para a Defesa do Património Geológico e Mineiro.



Esta associação permitirá implementar e coordenar medidas de conhecimento, salvaguarda e valorização do Património Mineiro. Constituindo-se, de preferência, como um interlocutor válido com outras instituições de carácter governamental, científico, educativo e associativo, designadamente a ProGEO e a SEDPGYM, a nível nacional e internacional, sobretudo nos contextos europeu e ibero-americano.



Durante este período, os técnicos presentes reflectiram igualmente sobre os valores e identidade mineira tanto na perspectiva humana como patrimonial.

[Error: Irreparable invalid markup ('<p<>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]

<h4 align="center">
*<p>
<h4 align="center">Beja<p>
O site continua adormecido ...<p>
*<p>
Aljustrel<p>
4ªs À NOITE - 13/07 a 31/08 - No anfiteatro das piscinas municipais<p>
A iniciativa “4ªs à Noite” está de regresso ao Anfiteatro das Piscinas Municipais de Aljustrel para mais uma edição. A partir desta quarta-feira, e até 31 de Agosto, muitos serão os espectáculos que irão animar as noites quentes de Verão.<p>

Para que a edição de 2005 abra com “chave de ouro” a organização convidou para a estreia o Grupo Al`Cordeão- A magia do Acordeão Algarvio. Este conjunto é composto por quatro acordeões, baterista, baixista e vocalista, todos eles músicos profissionais, premiados e tendo representado Portugal em campeonatos do Mundo.<p>

Fazem parte do seu vasto repertório diferentes géneros musicais: clássico, jazz, étnico, tradicional e o corridinho. Trata-se, naturalmente, de um grupo de reconhecido mérito com participação em inúmeros programas televisivos, radiofónicos e até mesmo num filme.<p>

A iniciativa 4ªs à Noite tem por objectivo agradar a todo o público, e por isso a “paleta” de espectáculos será colorida e diversificada. Em agenda estão vários espectáculos que vão desde a música tradicional alentejana, à música internacional; a sétima arte e o teatro também marcam presença neste evento.<p>

Organizada da Câmara Municipal de Aljustrel, esta iniciativa pretende alegrar e dinamizar os serões da população da vila mineira e de todo o concelho.<p>
*<p>
III Encontro de Comunidades Mineiras em Aljustrel<p>



Especialistas decidem criar associação de âmbito nacional para defesa do património geológico e mineiro.<p>





Especialistas de quatro países europeus representando vários agentes nacionais e internacionais, relacionados com a indústria extractiva, nos domínios económico, ambiental, científico, social e patrimonial, reuniram-se este fim-de-semana, em Aljustrel, para debaterem a questão da Recuperação Ambiental e Valorização do Património Mineiro.<p>

Este colóquio, que decorreu no âmbito do III Encontro de Comunidades Mineiras, que se realizou de 7 a 10 deste mês, juntou peritos conceituados de Bélgica, Espanha, Inglaterra e Portugal, que unidos pelos problemas inerentes às zonas mineiras, concluíram a necessidade premente de constituir uma Associação para a Defesa do Património Geológico e Mineiro.<p>

Esta associação permitirá implementar e coordenar medidas de conhecimento, salvaguarda e valorização do Património Mineiro. Constituindo-se, de preferência, como um interlocutor válido com outras instituições de carácter governamental, científico, educativo e associativo, designadamente a ProGEO e a SEDPGYM, a nível nacional e internacional, sobretudo nos contextos europeu e ibero-americano.<p>

Durante este período, os técnicos presentes reflectiram igualmente sobre os valores e identidade mineira tanto na perspectiva humana como patrimonial.<p<

A noção de património é um conceito lato que nasce da simbiose entre a actividade humana e o meio natural, resultante da actividade mineira e que não pode ser dissociado. Assim se revela a importância da memória mineira, reconhecida nas suas gentes como uma das componentes mais significativas deste Património. Este é reconhecido, pela sociedade civil e científica, como um bem cultural a preservar e a implementar como factor de desenvolvimento regional identidário. Por sua vez, a recuperação ambiental e todos os estudos que se desenvolvam com esse objectivo devem integrar os valores culturais em causa.<p>

Os participantes deste colóquio chamaram ainda a atenção para a necessidade da existência de uma maior coordenação e articulação entre os diversos pareceres envolvidos nesta actividade, e reconheceram a importância do papel dos Museus, Universidades e Centros de investigação no apoio técnico-científico, bem como do envolvimento da comunidade local neste processo. Por fim, foi lançado um apelo em prol da reabertura da Mina de Aljustrel.<p>



De referir também que durante este evento realizaram-se várias outras iniciativas das quais se destaca a EXPOMIN - Exposição Internacional Mineira - que contou com a presença, nomeadamente do Museu da Ciência e da Técnica da Catalunha (Espanha), Museu Nacional de História Natural, EXMIN, Somincor, Pirites Alentejana e SEROS (Bélgica).<p>

No âmbito desta iniciativa foi ainda apresentado o livro “Aljustrel – Um olhar sobre as minas e as gentes no séc. XX” e inauguradas as exposições “Luzes nas Trevas” e “Mineiros do Sul”. Na primeira pode apreciar, no Museu Municipal até 31 de Agosto, lanternas antigas provenientes de todos os cantos do mundo, a segunda mostra, patente ao público na Sala Polivalente do Auditório da Biblioteca Municipal até 12 de Julho, é a reposição de uma exposição de fotografias de há 30 anos, que retrata a vida dos mineiros e dos seus familiares naquela altura.<p>



Espectáculos musicais, uma caminhada nocturna e vários outros momentos de convívio entre comunidades mineiras caracterizaram, ainda, estes quatro dias de confraternização mineira.<p>

A troca de ideias, experiências e convívio entre “comunidades irmãs” foi o ponto fulcral deste III Encontro, organizado pela Câmara Municipal de Aljustrel em parceria com o INETI e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, onde uma vez mais se demonstrou que “Construir o futuro apagando o passado não é futuro”. <p>






*<p>
Almodôvar<p>
NOITES DE VERÃO - 5ªs À NOITE - Pr da República<p>
O CANTE ... E O ALENTEJO - Exposição de pintura e cerâmica - António Duro<p>
*<p>
Alvito<p>
ANIMAR A VILA 2005 - XXVII Encontro de Grupos Corais - 23de Julho - Pr. da República<p>
JOGOS FLORAIS DO CONCELHO DE ALVITO - 4ª Edição - Prazo de entrega 31/08/05<p>
*<p>
Barrancos - ???<p>
*<p>
Castro Verde<p>
Caminhada Ambiental -16/07<p>
*<p>
Cuba - ???<p>
*<p>
Ferreira do Alentejo<p>
"Auto da Fama" de Gil Vicente -Pelo Cendrev - Centro Dramático de Évora -22/07<p>

SERÕES DA ALDEIA - ENCONTROS GRUPOS CORAIS E RANCHOS FOLCLÓRICOS - 29 a 31 /07<p>
*<p>
Mértola<p>

Agenda muito recheada - consultar o site -<p>
*<p>
Moura<p>

FESTAS NOSSA SENHORA DO CARMO - 14 a 18 de Julho<p>
*<p>
Odemira<p>
- FACECO - Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho - 14 a 17/07<p>
*<p>
Ourique - ???<p>
*<p>
Serpa<p>
EXPOSIÇÂO DE PINTURA - FÁTIMA PAIVA - até 15 de Julho<p>

7ª MARATONA DE FUTSAL - 16 e 17 de Julho<p>
*<p>
Vidigueira<p>
Não tem agenda cultural<p>
*<p>
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA NA INTERNET DAS CÂMARAS MUNICIPAIS PORTUGUESAS EM 2003<P>
O relatório final deste estudo está disponível em <a href="http://www.osic.umic.gov.pt/governo/estudo_ficha.aspx?id=7" rel="noopener">Governo</a> ou ainda em <a href="http://www2.dsi.uminho.pt/gavea/" rel="noopener"/>UMinho</a><p>

Informações de muito interesse para os Municípios.
11
Jul05

Vila Nova da Baronia

Lumife
vnbaronia-jf.jpg

Descobri agora um site da Junta de Freguesia de Vila Nova da Baronia mas que suponho sem actualização desde Março deste ano. Nem mesmo a Feira Anual que se realiza a 16 e 17 de Julho (1ª Mostra de Produtos e Serviços Locais) merece qualquer destaque neste site.

*

Transcrevo de seguida a História de Vila Nova da Baronia conforme consta no site da Junta de Freguesia:


Vila Nova da Baronia, inicialmente denominada Vila Nova de Alvito, sofreu ao longo dos tempos alterações no nome, tais como Vila Nova a par de Alvito, Vila Nova junto a Alvito ou Vila Nova junto a Viana. Estas designações mantiveram-se até ao séc. XVIII, altura em que tomou a designação final de Vila Nova da Baronia, por fazer parte do grande senhorio dos Barões de Alvito. A referência mais antiga a esta vila data do séc. XIII. Foi fundada em terras doadas pelo concelho de Évora ao Chanceler-Mor de D. Afonso II, Estêvão Anes, em 1257, o qual as integrou no seu couto de Alvito.


Em 1279 é testada pelo Chanceler à Ordem da Santíssima Trindade de Santarém. Foi este mosteiro que lhe concedeu o primeiro foral em 1280, documento que regula as relações entre senhores e indivíduos, estabelecendo obrigações e privilégios dos habitantes da localidade.


Em 1283, devido à polémica que surge entre os trinitários e D. Dinis, os frades abandonam o senhorio. Desta forma, em 1284, juntamente com Alvito. Vila Nova volta aos domínios da Coroa, sendo o foral confirmado pelo Rei em 1289.


Durante o reinado de D. João I, no ano de 1387, Vila Nova da Baronia foi doada, conjuntamente com Alvito, a Diogo Lopes Lobo, mantendo-se nesta família até à extinção das donatarias.


Vila Nova da Baronia constitui sede de concelho com autonomia administrativa e judicial até 1836, sendo testemunho disso o pelourinho que hoje se localiza na Praça da República. Nesse ano o concelho de Vila Nova da Baronia foi integrado no de Alvito, fazendo parte da diocese e comarca de Évora, integrava a provedoria de Beja, enquanto a nível jurídico se encontrava dependente de Alvito.


Admite-se a possibilidade de Vila Nova ter possuído castelo, embora hoje não restem vestígios de obras de defesa.

matriz_vnb.jpg


Vila Nova da Baronia possui no seu centro histórico um património edificado significativo, que se traduz não só num conjunto de igrejas erguidas nos sécs. XVI e XVII, onde se destaca a imponência da Igreja Matriz, os azulejos seiscentistas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e os restos do magnífico revestimento fresquista da Igreja da Misericórdia, mas também em alguns apontamentos arquitectónicos que se podem descobrir ao percorrer as ruas da vila.


São também de muito valor o conjunto de ermida que circundam a vila: Sant’Águeda, S. Pedro e Santo António. À excepção de Sant’Águeda, as outras duas encontram-se numa completa ruína.


São também de destacar os belíssimos portais manuelinos, semelhantes na traça, divergindo apenas na decoração aplicada.


Seguindo a tradição religiosa, encontramos em Vila Nova da Baronia, três Passos, onde se apresentam as Estações da Via-sacra durante a procissão dos Passos do Senhor.

Tendo sido sede de concelho, Vila Nova da Baronia possui no Largo General Teófilo da Trindade, o edifício dos antigos Paços do Concelho. Tudo isto inserido num casario que mostra ainda alguns exemplares de cariz popular, de fachadas simples ornamentadas com chaminés de ressalto.



07
Jul05

João Carlos Espinho

Lumife
JCESP4.jpg


A Arte de um Fotógrafo Alentejano



Nas nossas visitas pelos blogs alentejanos aceitámos os "convites" do color=#6600FFsize=4>ALICIANTE


e do color=#6600FFsize=4>ALENTEJANICES
e fomos visitar o
color=#FF0000 size=4>FOTO COMMUNITY

do nosso companheiro bloguista bejense João Carlos Espinho.


Não conheço pessoalmente o João Espinho mas já sou visita habitual do seu blog color=#FF0000size=4>PRAÇA DA REPÚBLICA DE BEJA

e sabia da sua paixão pela fotografia.
Desconhecia, no entanto, todo o potencial artístico que FOTO COMMUNITY revela.




Acho de toda a justiça realçar aqui o seu trabalho e chamar a atenção dos meus visitantes para a qualidade da sua obra, com especial destaque para o campo do retrato.


No seu site FOTO COMMUNITY podemos deliciar a vista e alimentar o espírito com os belos trabalhos ali expostos.


Considero que devo contribuir para o conhecimento geral do trabalho deste Fotógrafo/Artista de Beja prestando-lhe assim uma singela mas justa homenagem.


Permito-me ainda expor no meu blog algumas fotos de sua autoria com as condicionantes que o Sapo nos impôe.


*

JCESP1.jpg

João Espinho - Old Man's (3)-12/229

*

JCESP2.jpg

João Espinho - Old Man's - 16/229

*

JCESP3.jpg
João Espinho - Madalena (4) - 29/299





02
Jul05

Fialho de Almeida

Lumife
fialho.jpg


José Valentim Fialho de Almeida


(1857 - 1911)



Escritor português, natural de Vila de Frades, (Cuba), no Alentejo. Filho de um professor primário, a quem ficou a dever os primeiros rudimentos da sua educação, viu-se obrigado, devido a dificuldades económicas da família, a empregar-se, ainda adolescente, como ajudante de farmácia. Com muito esforço, conseguiu completar o curso de Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em 1875, não tendo praticamente exercido medicina, entregando-se antes a uma existência boémia na capital. Casado com uma lavradora rica alentejana, passou a última fase da sua vida no Alentejo, dedicando-se à agricultura.


A sua obra é constituída, essencialmente, por artigos para jornais, posteriormente reunidos nos volumes Os Gatos (colectânea de textos publicados mensalmente, entre 1889 e 1894) e Pasquinadas (1890). O carácter fragmentário da sua prosa, mais apta à captação de impressões, revela-se igualmente na sua obra de ficção: Contos (1881) e O País das Uvas (1893), considerado o melhor dos seus volumes de contos.



Nas duas primeiras obras referidas, de crítica social, sobressai o carácter mordaz da sua ironia, evidenciando a sua visão pessimista do país, bem característica da literatura finissecular. A sua crítica atinge sobretudo a pequena burguesia e a alta burguesia financeira dirigente, que gostaria de ver substituída por uma aristocracia de capacidades, na qual, naturalmente, se inclui. Mas, mais do que instituições, a sua crítica visa personalidades (entre os seus «ódios de estimação» contam-se, por exemplo, Eça de Queirós e Guilherme de Azevedo) e tipos psicológicos, sobretudo de natureza psicopatológica (captada em cenas de doença física, social ou moral). Nas colectâneas de contos revela-se a sua imaginação, frequentemente mórbida e exaltada (são frequentes as cenas de taberna, de hospital, de cemitério, de prostituição, de degenerescência sifilítica ou alcoólica, de infância faminta, de tragédias ocorridas em bairros infectos), numa linguagem de contornos barrocos, pouco serena. A sua instabilidade emocional poderá justificar estas características, assim como a qualidade variável da sua produção literária, marcada pela fragmentação, nela predominando breves apontamentos de ficção e textos jornalísticos circunstanciais.



Fialho de Almeida é o autor das obras de ficção Contos (1881), A cidade do Vício (1882) e O País das Uvas (1893). Escreveu ainda crónicas, artigos políticos, cartas, memórias e livros de viagem entre os quais: Os Gatos (1889-1894), Pasquinadas (1890), Lisboa Galante (1890), Vida Irónica (1892), À Esquina (1903), Barbear, Pentear (1911), Saibam Quantos... (1912), Estâncias de Arte e de Saudade (1921), Aves Migradoras (1921), Figuras de Destaque (1924), Açores e Autores (1925), Vida Errante (1925) e Cadernos de Viagem – Galiza, 1905 (1997).





Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2008
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2007
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2006
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2005
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2004
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D