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BEJA

BEJA

24
Jan05

A L J U S T R E L

Lumife
aljust.jpg



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Uma das mais antigas povoações de Portugal. Duas colinas, um vale, casario em socalcos, paisagem a perder de vista e um passado milenar. É Aljustrel, do alto da Senhora do Castelo.
Estamos no coração do Baixo Alentejo e o forasteiro que aqui se desloca, olha à sua volta e deslumbra-se com a vasteza dos campos, o oceano das paisagens, a planície a perder de vista.
Aljustrel, antiga cidade romana Vipasca, denominada Al-lustre pelos árabes, aos quais foi conquistada, em 1234, no reinado de D. Sancho II, por D. Paio Peres Correia e os Cavaleiros da Ordem de Santiago de Espada. Como recompensa, o monarca fez-lhes doação desta praça e uma vastíssima área, a qual viria a ser confirmada por D. Afonso III, que deu a Aljustrel, em 16 de Janeiro de 1252, o Primeiro Foral. Posteriormente, D. Manuel I, concedeu Foral Novo a esta vila, em 20 de Setembro de 1510.


Nos últimos dois séculos, a rudeza da actividade de extracção mineira envolveu completamente toda esta região, moldando-lhe os hábitos e as tradições, ditando-lhe a maior ou menor grandeza do ganha pão, o bulício do dia a dia.


Conhecida desde tempos imemoriais pelas suas jazidas minerais, não há certezas quanto à época em que estas terão começado a ser sistemàticamente exploradas. Contudo, as diversas ocupações aqui existentes, desde a idade do Cobre, apontam para que a exploração tenha começado, de forma incipiente, 3.000 anos antes de Cristo.
É com a ocupação romana entre os sécs. I e IV d.C. que se inicia a exploração em larga escala do minério, que era fundido no local e posteriormente transportado para Roma.
Desta ocupação existem numerosos vestígios, nomeadamente no «Chapéu de Ferro» e escoriais da mina de Algares, onde foram encontradas 2 placas em bronze, que contêm as normas que regiam aquele Couto Mineiro, então designado por Vicus Vipascensis.
Após a ocupação romana, estas minas deixaram de ser exploradas intensivamente, tendo sido retomada, a actividade mineira em larga escala, em 1849. Até aos nossos dias passou por sucessivos altos e baixos, representando as décadas de 60/80 o último grande pico da actividade mineira do concelho.


Embora temporariamente desactivada, desde 1993, a mina constitui um importante património económico e cultural.


Ligado a este sector saliente-se a existência de uma fábrica de explosivos, implantada na área da mina.





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Património


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Considerada um verdadeiro ex-libris da povoação, a Ermida de Santa Maria do Castelo vem referida na visitação da Ordem de Santiago de 1482, sendo a sua denominação alterada, a partir de 1510, para Nossa Senhora do Castelo. Desde sempre, esta Ermida esteve ligada à fé das populações do concelho, a ela se associando vários milagres e lendas.
A Ermida e a área envolvente, que inclui as ruínas do Castelo (islâmico), foi classificada como Imóvel de Interesse Público, em 1992.


Do património edificado da vila há a destacar, ainda, a Igreja Matriz ou de S. Salvador. Construída no século XV, é um dos maiores templos portugueses de uma só nave, com abóboda lisa, que assenta em paredes de mais de dois metros de espessura. O painel de azulejos (século XVII), frontal do altar-mor, atribuído a Gabriel del Barco, foi classificado, por Santos Simões, como peça de extraordinário valor artístico.


A Igreja da Misericórdia é um monumento do século XVII de estilo renascentista. Foi centro de assistência aos doentes e era o lugar onde se realizavam as cerimónias religiosas da Semana Santa.


Existiram 15 moinhos de vento à volta da povoação, tendo a Câmara Municipal recuperado, recentemente, o de Malpique.


Outro local patrimonialmente importante e de grande beleza plástica, a merecer presença do visitante, é a área mineira, com a maquinaria e as estruturas de apoio à mineração já desactivadas.

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