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BEJA

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13
Jan05

Vidigueira

Lumife
s.cucufate.jpgRuínas romanas de S.Cucufate



.


A primeira referência documental sobre a vila da Vidigueira até agora conhecida, data de 1255, altura em que com a fundação do Mosteiro de S. Cucufate foi instituida a respectiva paróquia e estabelecidos os limites da mesma.


É natural que as suas origens remontem a período anterior ao da última conquista, que se situa em 1235, não havendo contudo nenhum documento que esclareça este ponto.

0 primeiro donatário desta vila foi Mestre Tomé, tesoureiro da Sé de Braga e leal servidor do Rei D. Afonso III.

Em conformidade com o encargo que recebera ao ser-lhe feita a doação, Mestre Tomé terá, mandado povoar o local que depressa se desenvolveu, tendo-lhe sido igualmente atribuida a edificação da igreja consagrada a Santa Clara, que foi a primeira matriz.
De 1304 a 1315, segundo testemunha a escritura então lavrada, a vila da Vidigueira pertenceu ao rei D. Dinis e em 1385, D. João I doou-a ao condestável D. Nuno Alvares Pereira.
Estes factos documentam a importância que a vila teria na altura.
Em 1496, fol fundado na Vidigueira o Convento de Nossa Senhora das Relíquias, pertencente à Ordem do Carmo.
Na várzea do Zambujal, local onde segundo a lenda, a Virgem Maria fez a sua aparição a uma pastorinha, foi erigida uma ermida que mais tarde foi entregue aos monges carmelitas de Moura, para que aqui estabelecessem um convento.

A sua fundação encontra-se documentada por alvará expedido em Montemor pelo Rei D. Manuel a 7 de Janeiro de 1496.
Tendo estado por duas vezes na posse da Casa de Bragança, a vila da Vidigueira recebeu o seu foral a I de Janeiro de 1512, concedido pelo rei D. Manuel.
Durante o reinado deste monarca, esta vila conheceu ainda outro momento alto da sua história.
Por carta passada em Évora a 29 de Dezembro de 1519, D. Manuel concede a D. Vasco da Gama, Almirante da Índia, o titulo de Conde da Vidiqueira, com todas as honras, graças e privilégios que tinham os condes do reino.

A casa da Vidigueira, fundada pelo ilustre Navegador, levou decerto a que a povoação se desenvolvesse e que o seu nome ganhasse prestígio.

Para a prosperidade do concelho que então se limitava à freguesia actual, contribuíu também a actividade agricola que tinha características muito particulares. Os vinhos da Vidigueira já então eram famosos.
No sec. XVIII, "a preponderância cabia às províncias da Beira, Estremadura e Alentejo, já então gozando de renome os vinhos do Alentejo (Borba, Vidigueira, Viana e Avis)... ". A última década do século passado e o princípio deste século foram marcados por uma personalidade cuja acção ainda hoje permanece viva em terras da Vidigueira: o vísconde da Ribeira Brava.

Eleito duas vezes Presidente da Câmara, respectivamente de 1890 a 1898 e de 1899 a 1902, Ribeira Brava realizou importantes obras, tendo em vista o melhoramento das condições de vida da população. A ele se devem: o abastecimento de água a Vidigueira e Vila de Frades, a criação do Hospital Cívil, o melhoramento das ruas e praças da vila e a construção do edifício da Câmara Municipal.
Sempre ligada a homens, feitos e tradições que o tempo jamais apagará, a Vila da Vidigueira é possuidora de um património arquitectónico e artístico de grande valor.



No concelho da Vidigueira existem espaços e paisagens muito diferenciados que o convidamos a percorrer e descobrir. Entre Vila de Frades e a Vidigueira estamos perante a zona dos pomares, hortas e das vinhas que tanto afamam o concelho; na direcção de Selmes e Pedrogão sentimos o Alentejo das grandes extensões, aqui, o cereal reina, por fim o vale do Guadiana, simultaneamente agreste e calmo, povoado de pequenas azenhas.
O Mendro apresenta-se-nos como uma silhueta no horizonte. Vá até à ermida de Stº António (Vila de Frades) e disfrute de toda esta paisagem.








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